Santana-Maia Leonardo & Associados

Santana-Maia Leonardo & Associados Sociedade de Advogados, Responsabilidade Limitada Com escrtitórios em:
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Educar é essencial
31/08/2022
Educar é essencial

Educar é essencial

Toda a gente se lamenta hoje da falta de educação das gerações mais novas. No entanto, o que eu constato é que as gerações mais novas estão a ser vítimas da geração rasca dos seus pais que devia ter a responsabilidade de as educar e as deseduca. A este pr...

Já faltou mais...
30/08/2022
Já faltou mais...

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"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Educar é essencial
29/08/2022
Educar é essencial

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"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O 9 do Barça
29/08/2022
O 9 do Barça

O 9 do Barça

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Os grandes
28/08/2022
Os grandes

Os grandes

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Porque somos únicos
27/08/2022
Porque somos únicos

Porque somos únicos

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

o Simba
26/08/2022
o Simba

o Simba

O Simba nasceu no dia 12 de Agosto de 1999. Era um Husky Siberiano branco, com um olho azul e outro castanho, que parecia uma daquelas crianças de cara redonda e bolachuda a que só apetece apertar as bochechas. Era um autêntico peluche e só queria brincad...

Uma noite para recordar
25/08/2022
Uma noite para recordar

Uma noite para recordar

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Uma casa de putas
24/08/2022
Uma casa de putas

Uma casa de putas

A política portuguesa transformou-se numa autêntica casa de putas onde uma mulher séria não deve pôr os pés e por duas razões. Em primeiro lugar, porque não consegue mudar o destino à casa, até porque a clientela vai lá à procura de putas e n...

Senhor e escravo
23/08/2022
Senhor e escravo

Senhor e escravo

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Uma casa de putas
22/08/2022
Uma casa de putas

Uma casa de putas

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

A essência do totalitarismo
20/08/2022
A essência do totalitarismo

A essência do totalitarismo

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Educação é isto
20/08/2022
Educação é isto

Educação é isto

"Estou cansado de ver crianças a chorar, quando perdem. Há que saber ganhar e saber perder. O adversário também fez coisas muito boas. Estou cansado de ver crianças a chorar nos torneios infantis, quando perdem. Não sei porque choram. Há que começar a ger...

O Claine
19/08/2022
O Claine

O Claine

A minha filha sempre quis ter um Husky Siberiano, mas eu fui educado pela minha avó que não queria cães em casa. Por isso, não valia a pena insistir. Acontece que o meu filho, em 1998, já com 17 anos de idade, foi mordido por cão vadio e, segundo o médic...

O Bem e o Mal
18/08/2022
O Bem e o Mal

O Bem e o Mal

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O s**o dos anjos
17/08/2022
O s**o dos anjos

O s**o dos anjos

A liberdade de expressão é a trave-mestra das sociedades abertas, como ensinava Karl Popper: “Quando evitar ofensas constitui a nossa principal preocupação, rapidamente se torna impossível dizermos livremente seja o que for.” Portugal viveu trezentos anos...

O eu sinto e o eu vejo
16/08/2022
O eu sinto e o eu vejo

O eu sinto e o eu vejo

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O s**o dos anjos
15/08/2022
O s**o dos anjos

O s**o dos anjos

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

A crise do Ocidente
14/08/2022
A crise do Ocidente

A crise do Ocidente

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O Calvin
12/08/2022
O Calvin

O Calvin

O Calvin morreu no dia 30 de Abril de 2008. Era um podengo médio de pêlo curto, muito senhor do seu nariz e muito independente, excepto em dia de trovoada. Nesses dias, saía de casa que nem um tiro, batia-me à porta do escritório e, mal a minha funcionári...

Cínico
12/08/2022
Cínico

Cínico

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

As mulheres e o trabalho
11/08/2022
As mulheres e o trabalho

As mulheres e o trabalho

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Um país sem remédio
10/08/2022
Um país sem remédio

Um país sem remédio

O país está literalmente a apodrecer ao Sol. A todos os níveis, seja na Saúde, na Justiça, na Educação, na Segurança Social, na Administração Pública ou na Administração Local. E o mal vem de longe. Só que, em vez de se atalhar caminho, à boa maneira port...

A Democracia
09/08/2022
A Democracia

A Democracia

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Um país sem remédio
08/08/2022
Um país sem remédio

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"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

João Murillo de Carvalho
07/08/2022
João Murillo de Carvalho

João Murillo de Carvalho

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O bom polícia
06/08/2022
O bom polícia

O bom polícia

Imaginemos dois polícias responsáveis pelo patrulhamento de duas ruas da cidade. O primeiro polícia, porque faz um patrulhamento de proximidade e com visibilidade, impede que se cometam infracções na sua rua; o segundo polícia, porque não exerce as suas f...

João Murillo de Carvalho
05/08/2022
João Murillo de Carvalho

João Murillo de Carvalho

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O número 9
05/08/2022
O número 9

O número 9

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

A Pátria
04/08/2022
A Pátria

A Pátria

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Os pais e os filhos
03/08/2022
Os pais e os filhos

Os pais e os filhos

Os chineses têm um ditado de que eu gosto muito: «quando o filho chega à conclusão de que o seu pai tinha razão, em regra já tem um filho que acha que o seu pai está errado». É esta dialética entre pais e filhos que faz o mundo andar. Os filhos funcionam...

A mãe e a filha
02/08/2022
A mãe e a filha

A mãe e a filha

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Os pais e os filhos
01/08/2022
Os pais e os filhos

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"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

A ovelha negra
31/07/2022
A ovelha negra

A ovelha negra

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

O homem autêntico
31/07/2022
O homem autêntico

O homem autêntico

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Todo o inquisidor é um tarado sexual
30/07/2022
Todo o inquisidor é um tarado sexual

Todo o inquisidor é um tarado sexual

A liberdade de expressão é a trave-mestra das sociedades abertas, como ensinava Karl Popper: “Quando evitar ofensas constitui a nossa principal preocupação, rapidamente se torna impossível dizermos livremente seja o que for.” Portugal viveu trezentos anos...

O melhor tridente do mundo
29/07/2022
O melhor tridente do mundo

O melhor tridente do mundo

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Os filhos
28/07/2022
Os filhos

Os filhos

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

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EU SOU UCRANIANO
Volodymyr Zelenskyy, presidente ucraniano, demonstrou, mais uma vez, que é nos momentos mais difíceis que se revelam os verdadeiros líderes. Perante a invasão russa, uma das maiores potências militares e uma das mais sanguinárias máquinas de guerra, Zelenskyy, o comediante eleito presidente da Ucrânia, respondeu como Leónidas, Rei de Esparta, quando os EUA se ofereceram para retirá-lo da Ucrânia: “Eu preciso de munições, não preciso de boleia. Os russos vão-nos conhecer pela frente e não pelas costas.”

Leónidas, no Desfiladeiro das Termópilas, tinha tido uma resposta semelhante quando o mensageiro de Xerxes lhe propôs a rendição do seu pequeno exército de 300 espartanos perante o imenso exército de Xerxes com 300.000 homens: “O nosso exército lançará tantas setas que encobrirão o Sol”. E Leónidas respondeu: “Ainda bem, combateremos à sombra.”

A resistência de Leónidas permitiu que Atenas se preparasse para enfrentar e derrotar os persas. Por sua vez, a decisão de Zelenskyy, de ficar para defender a liberdade do seu povo e do seu país contra os invasores, pôs a nu as titubeantes lideranças ocidentais, sempre dispostas a sacrificar as suas convicções pelas suas conveniências. No entanto, face ao exemplo do comediante, a União Europeia e os EUA não tiveram outra alternativa a não ser mobilizar-se e unir-se para apoiar a Ucrânia e enfrentar o ditador russo.

E não me venham falar em neutralidade, quando estamos perante a luta pela liberdade do povo ucraniano contra a invasão russa. Em tempo de guerra, o mundo é a preto e branco. Como disse Max Webber, «neutro é quem já se decidiu pelo mais forte.» Eu estou de alma e coração com o povo ucraniano.

Tal como nos ensinou Aristóteles, “a coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.” E Zelenskyy ajuda-nos a perceber a diferença entre mandar e comandar: quem manda dá ordens; quem comanda dá o exemplo. E Portugal é um bom exemplo de um país onde abundam os chefes e faltam os verdadeiros líderes.

Há uma frase de Miguel Torga que retrata na perfeição o povo português: “Que povo este! Fazem-lhe tudo, tiram-lhe tudo e continua a ajoelhar-se quando passa a procissão”. Recordo que fomos o país europeu que suportou mais tempo a Inquisição e que teve a ditadura mais longa. Isto diz muito da massa de que é feita a gente que aqui reside.

Além disso, é bom não esquecer que o povo português é muito dado à conversa fiada, valorizando mais o palavreado e as promessas do que as acções. Basta recordar que António Costa e o PS andaram a traçar linhas vermelhas ao “Chega”, por ser um partido radical e anti-sistema, de braço dado com dois partidos que, na hora da verdade, demonstraram que são, afinal, muito mais radicais, anti-europeístas e anti-sistema democrático do que o “Chega”.

Como escreveu Churchill (e é importante recordá-lo neste momento), “Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança.” E Zelenskyy, ao recusar-se a ajoelhar perante o poderoso exército russo, optando por sacrificar a sua vida na defesa da liberdade do seu povo, dos ideais europeus e das suas convicções, fez-me sentir ucraniano.
A MÃE DE TODAS AS REFORMAS
Existe uma reforma que é a mãe de todas as outras e sem a qual estas estão votadas ao insucesso. Refiro-me à reforma das mentalidades.

Os portugueses que vivem e residem em Portugal, de uma forma geral, têm horror a correr riscos pelo que se agarram aos cargos remunerados pelo Estado como os banhistas que não sabem nadar, nem querem aprender, à borda da piscina. E dali não saem, tornando a piscina imprópria para quem queira praticar natação, tanta é a gente que se amontoa na sua borda.

É, por isso, natural que os portugueses mais ambiciosos, ou seja, que não estejam dispostos a viver agarrados à borda da piscina, se vejam obrigados a partir para outros países onde o mérito seja reconhecido e possam dar largas à sua ambição.

A cultura do risco e do mérito numa sociedade naturalmente competitiva educa-se desde o berço. Mas, para isso, é fundamental que a derrota ou o insucesso não se transforme num estigma. Ora, reside precisamente aqui o problema português. Com efeito, quando ganham, são os maiores e tratam os vencidos com uma arrogância extrema. Aliás, sentem um enorme prazer em humilhar os vencidos. É precisamente por esta razão que a maioria dos portugueses escolhe sempre o lado dos vencedores. E isto é tão evidente que, ao contrário do que sucede em toda a Europa, 94% dos portugueses são dos três clubes ganhadores.

É natural que um clube de uma grande cidade tenha mais adeptos do que um clube de uma pequena cidade. O que não é natural é que uma cidade como Faro, por exemplo, tenha mais adeptos do Benfica e do Sporting do que do Farense. No entanto, basta ler a explicação para ser benfiquista (e não portista) do conhecido psicólogo Júlio Machado Vaz, que nasceu e reside no Porto, na sua entrevista ao jornal A Bola, para ficarmos esclarecidos: “O facto de o Benfica ganhar quase tudo na década de 60 (…) tinha tudo para me atrair.“

Ora, o que é normal, em qualquer país do mundo, excepto em Portugal, é, numa liga de clubes, cada um torcer pela clube da sua cidade, num campeonato inter-escolas, cada um torcer pela sua escola, e, num campeonato inter-turmas, cada um torcer pela sua turma, independentemente de a sua turma, escola ou cidade ter mais ou menos hipóteses de ganhar.

Acontece que, na sociedade portuguesa, o epíteto de “perdedor”, com que os canalhas gostam de estigmatizar os seus adversários, é de tal forma humilhante que a esmagadora maioria prefere não arriscar, para não correr o risco de fracassar, optando pela segurança dos empregos do Estado e por ser adepto dos partidos e clubes vencedores. E, mesmo assim, sempre que perdem é um drama. Ai de quem perde. É por isso que também vivemos num país onde os fins justificam os meios e os casos de corrupção só têm relevância e interesse se puderem ser usados como pedras de arremesso contra os adversários.
A (DE)FORMAÇÃO DESPORTIVA
A formação desportiva, no verdadeiro sentido da palavra, é absolutamente essencial para a formação do indivíduo como cidadão. Acontece que, em Portugal, não só não existe formação desportiva como está implantada e generalizada a cultura da deformação desportiva.

A formação desportiva implica, desde logo, que todas as crianças e jovens, independentemente das suas aptidões desportivas, tenham acesso à mesma. É mais importante para a formação do cidadão a formação desportiva do que qualquer outra disciplina, designadamente o Português e a Matemática.

A formação desportiva destina-se, importa salientar, a formar cidadãos e não a formar Cristianos Ronaldos ou Messis. Ou seja, destina-se a cultivar nas crianças e nos jovens a cultura do fair play, do respeito pelos outros, da lealdade, do trabalho em equipa, da superação, do sacrifício, da ambição e da aceitação, sem dramas, da vitória e da derrota como elementos naturais da própria competição e da vida.

Os vencedores são pessoas que perderam muitas vezes. A maioria dos portugueses confunde o carácter do vencedor, que é moldado na adversidade, com o carácter dos lambe-botas, que têm por hábito colar-se aos vencedores. Como disse Churchill, «O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.»

Se todas as crianças e jovens tiverem acesso a uma verdadeira formação desportiva, quando chegarem a adultos, podem nem sequer vir a praticar qualquer desporto, mas serão certamente melhores cidadãos, em todos os sentidos: melhores profissionais, melhores pais, melhores companheiros e, inclusive, melhores espectadores.

É óbvio que a formação desportiva, tal como acontece nos países civilizados, devia ser uma obrigação do Estado e da escola pública. Mas o Estado português ainda não leu Os Maias e, por isso, continua agarrado à educação portuguesa do Eusebiozinho que tinha horror às correntes de ar e que decorava, agarrado às saias da mamã, a cartilha dos lugares comuns e do politicamente correcto que lhe impingiam na escola e de que, hoje, a disciplina “Cidadania e Desenvolvimento” é um bom exemplo.

E como não há, nas escolas, verdadeira formação desportiva, com treinos a sério e verdadeiras competições, entre turmas e entre escolas, cabe às autarquias financiar os clubes para esse efeito. Acontece que as autarquias, sob o pretexto de financiar a formação, acabam por financiar as equipas seniores dos clubes, pagando os salários dos jogadores semi-profissionais contratados fora do concelho e da região. Por outro lado, nos escalões de formação, os clubes, em vez de formarem, deformam, cultivando, nas crianças e nos jovens, o fanatismo, o sectarismo, o ganhar a qualquer preço, a falta de respeito pelos adversários, a simulação de faltas, como se o objectivo da formação desportiva fosse formar jogadores destinados ao Benfica, Sporting e Porto.

Além disso, seria preferível que, nas camadas jovens, Benfica, Sporting e Porto jogassem apenas entre eles, com as equipas A, B, C e D do que fazer competições totalmente desequilibradas em que as melhores equipas dão sistematicamente cabazadas às outras equipas, porque isso não é bom nem para quem ganha, nem para quem perde. Toda a competição, para ser competição, tem de ter um mínimo de equilíbrio.
CONTRA A REGIONALIZAÇÃO!
PELA REGIONALIZAÇÃO!
Sou um defensor da Regionalização, mas sou manifestamente contra a Regionalização anunciada pelo primeiro-ministro e defendida por Rui Rio, pelo Presidente da República e pelos autarcas portugueses. Ou seja, sou a favor de uma Regionalização, assente num novo modelo de desenvolvimento e numa nova organização administrativa, e sou contra a anunciada Regionalização, assente no mesmo modelo de desenvolvimento e no aprofundamento do municipalismo que é a principal causa da desertificação do território nacional e da fuga dos quadros mais qualificados para Lisboa e para o estrangeiro.

O municipalismo português foi uma criação dos cortesãos de Lisboa assente no princípio maquiavélico de “dividir para reinar”. Daí a profecia de Eça de Queirós: “Paris, Londres, Nova Iorque, Berlim, suam e trabalham. Lisboa ressona ao sol…”. Pudera! Infelizmente, de norte a sul do país, os portugueses estão convencidos de que a sua terrinha tem mais poder se estiver nas mãos de um cacique, quando a verdade é que os caciques têm todo o poder na sua terrinha, mas são absolutamente insignificantes ao pé da Grande Lisboa.

Ora, o que Portugal necessita não é de criar um novo patamar dentro da pirâmide do municipalismo que tem no topo Lisboa, porque isso irá inevitavelmente acelerar ainda mais o processo de desertificação. Com efeito, neste contexto, a sede da Região irá provocar o mesmo efeito sobre os municípios do seu território que as sedes dos municípios provocaram em relação às suas freguesias.

Ao contrário do que ouço para aí apregoar, o problema português não é de excesso de centralismo, mas demográfico pelo facto de todas as sedes do poder executivo, legislativo, judicial, administrativo, financeiro, da comunicação social, da Defesa Nacional, etc. etc. etc. estarem sediadas em Lisboa. Num território tão pequeno, o centralismo só tem vantagens, desde que os centros da decisão não estejam todos concentrados no mesmo sítio.

Ora, o que Portugal necessita é de um modelo de Regionalização construído de raiz, onde todas as regiões tenham igual importância e dignidade territorial, para usar o termo dos juízes do Tribunal Constitucional, o que implica distribuir pelas diferentes regiões (maiores que os distritos e mais pequenas que as CCDR) as diferentes sedes de poder que hoje se encontram concentradas em Lisboa. Isto obrigaria à migração para as regiões não só de população, mas também de quadros qualificados, ambos absolutamente essenciais para criar novas centralidades e dinamizar o desenvolvimento económico de Portugal como um todo.

Sendo certo que a cidade que seria mais beneficiada com esta Regionalização seria precisamente Lisboa que se transformava numa cidade mais bonita, mais asseada, mais limpa e menos poluída. Lisboa necessita urgentemente de levar a cabo uma grande operação de desratização e desparasitação. Ou seja, tem de se ver livre de vez dessa vil raça de cortesãos que ressonam ao Sol, com a barriga cheia à conta do Orçamento de Estado, e que Sá de Miranda tão bem definiu no seu poema a D. João II: “ Homem de um só parecer,/ D'um só rosto, uma só fé, / D'antes quebrar, que torcer,/ Ele tudo pode ser/ Mas de corte homem não é.”
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